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Os Diniz - Memória

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Não fui a primeira pessoa da família a escolher o sobrenome Diniz para assinar os meus trabalhos. Mas, mesmo antes de conhecer melhor um pouco da nossa história,  já havia adotado este sobrenome. Sempre o achei muito bonito, sonoro e ainda rimava como o meu nome.

Saber como viemos para aqui no Brasil sempre foi ( e continua sendo) uma das minhas maiores curiosidades. O pouco que sei vem das narrativas da minha avó Ruth e dos primos mais velhos, entre eles Valesca Lhullier Carvalho, Ronaldo Dinis Trápaga, Júlio Miguéns Jorge e José Jorge Contursi. 

 

Lhullier, Dinis com "s", Miguéns Jorge, Contursi...  tantos sobrenomes diferentes e ainda assim todos primos? Sim, todos primos. Todos descendentes consanguíneos e afetivos do Jorge.

 

                                                      Você deve estar se perguntando... mas afinal quem é Jorge? Jorge é meu bisavô.

Jorge Augusto Miguéns Jorge.

Pois é... nem ele era de fato Diniz na certidão de nascimento, mas foi ele quem trouxe o nome que assinamos para o Brasil. Saiu, ainda muito mocinho, de Montemor-O-Novo, um pequeno vilarejo alentejano localizado no distrito de Évora em Portugal. Saiu para ganhar o mundo, ou o seu Mundo particular.  E assim ele o fez. Tomou o sobrenome de sua mãe Augusta, e aqui estamos todos nós, Miguéns Jorge de sangue e Diniz (de sangue também) mas muito mais de coração e alma.

O que esse Jorge tem de especial? Além de ser meu bisavô, tem muitas outras coisas. Sua família brasileira mal o conheceu, posso dizer que a família portuguesa também. Ele pertenceu aos dois lugares e ao mesmo tempo a lugar nenhum, mas no Brasil deixou lindas sementes plantadas. Sementes de amor profundo à Arte. Arte acima de qualquer coisa, Arte acima da família, dos seus pais, das suas filhas e netos, exceto um deles. Um único neto que criou, e por ironia, o único neto do coração. O neto que também tem o seu nome, também se chama Jorge e que tem em si alma do Diniz, e o sangue dos Contursi - outra família de muita importância para Arte brasileira. 

                                                

                                                          São muitas coisas para contar.... e nem falei do Francisco Santos ainda!

Gosto muito do Jorge, sem motivo e sem razão. Apenas gosto. Ator, diretor, produtor, poliglota, tradutor: artista! Queria ser parecida com ele, queria ter 5 minutos com ele, e terei! De uma forma um pouco inusitada, mas terei.

Aqui deixo registros de alguns trabalhos do Jorge, e no blog contarei um pouco da sua  e da nossa história. É difícil traçar a arqueologia de todos os trabalhos que ele realizou, pois muitos registros se perderam no tempo, mas é um trabalho duplamente gratificante, pois à medida que reencontro meu bisavô, colaboro para a preservação da Cultura Brasileira. 

Os Óculos do Vovô, 1913 - o filme brasileiro mais antigo preservado. Meus bisavós Jorge e Graziela atuaram juntos. 

24 Horas de Sonho de 1941

O Dia é Nosso, 1941

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Cinema

 

Os Óculos do Vovô, 1913.

Entre Dois Amores,1917.

Ambição Castigada, 1927.

Alma e Corpo de uma Raça,1938.

24 Horas de Sonho, 1941.

O Dia é Nosso,1941.

Romance de um Mordedor,1944.

O Cavalo 13,1946.

 

 

 




 

Outras peças teatrais

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Teatro

 

Sexo,1934.

Canto sem Palavras,1934.

Conheci uma espanhola, 1938.

Caxias, 1940.

O Caçador de Esmeraldas, 1940.

A Moreninha, 1944.

Que Fim de Semana, 1944.

Inimigo das Mulheres, 1944.

É proibido suicidar-se na primavera,1944.

Pedacinho de Gente, 1944.

A Culpa de Você, 1945.

A Carreira de Zuzú, 1945.

O Arranha-céu. 1946.

Sexto Andar, 1947.

Ciúmes, 1947.

Divórcio, 1947.

Chuva, 1948.

Dona do Mundo, 1948.

O espetáculo estréia na segunda metade da década de 1940, quando o Brasil ainda não sonha com a legalização do divórcio. Colocando os consagrados Procópio Ferreira (1898-1979) e Bibi. Ferreira (1922) lado a lado em cena.

O Sorriso da Gioconda, 1949.

Bar do Crepúsculo, 1949.

As árvores morrem de pé, 1950.

As meninas barranco, 1950.

A carreira de Zuzu, 1951.

Angelus, 1951.

Rebeca, 1951.

Avatar, 1953.

Espírito travesso, 1953.

Hipocampo, 1953.

Uma mulher do outro mundo, 1953.

O último marido fiel sobre a Terra, 1953.

Uma estranha aventura, 1953.

As solteironas dos chapéus verdes, 1953.

O Anjo de Pedra, 1959.

Maria Cachucha, S/D.

Sua excelência, o criado, S/D.

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Jornal A Noite 
30 de novembro de 1950

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